17.5.07

18 de Maio - Dia Internacional dos Museus - abertura ao público do Laboratorio Chimico


É uma peça única na Europa e regressa hoje à vida no edifício da antiga Escola Politécnica, em Lisboa, vindo directamente do século XIX. Restaurado ao longo dos últimos quatro anos, de acordo com a traça oitocentista original, o Laboratorio Chimico, que integra ainda o anfiteatro, é um caso de sucesso de recuperação de património. Amanhã, Dia Internacional dos Museus, o espaço abre ao público.O Laboratorio Chimico foi inaugurado em 1857 na Escola Politécnica de Lisboa, como então se chamava, e três décadas depois, pela acção visionária de professores como António Augusto Aguiar e José Júlio Rodrigues foi reequipado, tornando-se num modelo da química moderna da época. Depois as décadas passaram e o laboratório sobreviveu praticamente intacto ao tempo, ao pó e ao incêndio que, em 1978, devastou quase todo o edifício na Rua da Escola Politécnica, onde funcionava na época a Faculdade de Ciências de Lisboa. O restauro "foi um sonho do Professor Bragança Gil, fundador e primeiro director do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa", explicou ao DN a Ana Eiró, a actual directora do museu, que integra este laboratório.O processo iniciou-se em 1998, quando Bragança Gil orientou a tese de mestrado de Graça Santa-Bárbara para uma proposta de restauro do laboratório. Depois as coisas começaram a rolar, com o estudo sistemático e catalogação das peças do laboratório, desenterradas das caves do edifício por Graça Santa-Bárbara e Marta Lourenço, a candidatura a fundos comunitários e o apoio financeiro da Apifarma, da Fundação Gulbenkian e da própria Universidade de Lisboa. O restauro iniciou-se em 2003 e quatro anos e 1,1 milhões de euros depois, com muita perseverança à mistura, o projecto tornou-se realidade.

Fonte: DN Online

Sem comentários: